O PT planeja, em nível federal e estadual, implantar conselhos para definir meios de regular a mídia. Concordo que é preciso frear a exibição de conteúdos que exploram a sexualidade e valores questionáveis em horários de exibição em que toda a familia está à frente da TV. Exigir isso não é ser conservador nem moralista.
A TV é o principal meio de informação e entretenimento dos brasileiros, e influencia dramaticamente o pensamento coletivo. Mas, por outro lado, estabelecer critérios de monitoramento de conteúdo jornalistico já é uma história bem diferente.
Os mentores destas propostas de controle da mídia dizem que não se trata de censura, porque a análise do conteúdo será posterior à exibição. Ora, isso nada mais é do que pendurar a tal espada de Dâmocles sobre a cabeça de cada jornalista. Ou seja, é como se os "Conselheiros" avisassem: "Quer publicar, publica; mas depois não reclama!" Isso cria naturalmente um ambiente de intimidação, que acaba estimulando a auto-censura.
As regras ainda não estão claras, mas desde já é preciso que toda a sociedade esteja bem alerta. E nós, jornalistas, radialistas e outros seres da comunicação, precisamos examinar tudo isso com lupa de detetive para não cair em engodos pseudo-democráticos que podem ser cavalos de Tróia recheados de intenções totalitárias.
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