O TÉCNICO QUE DISPAROU PARA LONGE DA NOTÍCIA
Esta foi relato de um colega que viveu o fato.
Esta foi relato de um colega que viveu o fato.
Início dos anos 80. Uma equipe da RBSTV (então TV Gaúcha) cobria uma tumultuada discussão no plenário da Assembléia Legislativa do RS.
Nas galerias, grupos de funcionários públicos ensandecidos, e no microfone, deputados se revezando em inflamados pronunciamentos.
Os seguranças da casa, visivelmente tensos, já sentiam que a temperatura da sessão se elevava a cada discurso, e temiam que a situação ficasse fora de controle.
E ficou.
- Mas antes de relatar o desfecho, faço uma pequena descrição técnica fundamental para se entender as circunstâncias do “causo”.
Naquela época, as câmeras das equipes de TV não tinham o VT acoplado, ou seja, o gravador. A fita ficava em outro equipamento, como se fosse um enorme videocassete (pesando uns 14 kg) pendurado no ombro do operador de VT.
Este técnico acompanhava sempre o cinegrafista, ligado a ele por um cabo. Este cabo levava as imagens captadas pela câmera para o gravador.
Esta ligação “umbilical” obrigava os dois a andarem sempre atentos aos movimentos um do outro, especialmente o operador de VT, que tinha que acompanhar o “olhar” do cinegrafista, e ficar de ouvidos bem abertos para escutar as ordem dele para acionar o VT na hora de gravar as imagens.
Ou seja, o operador tinha que estar com os dedos sempre prontos para pressionar a tecla “rec” ao comando do câmera, e garantir a gravação dos takes.
![](https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgIJ4w0B2mXtM6oM-f1bxWnmeFIUBkJDEpc60O4TfLp3XaC3zpwKaeoaYPNXxQNoyZH4-zh60DNPUgh6aYvJYi2D-dAEhid_yQOh91qkatZJYEPhn5aTTyHRaiIRx7ZSvZJ5b-XENOiG2mh/s320/Reportagens+033.jpg)
O operador não teve dúvidas: na mesma hora se livrou do equipamento e saiu correndo em disparada para longe dali!
O tumulto continuou, para desespero do cinegrafista Mário Vial, que teve que se virar sozinho pra garantir um mínimo de imagens...
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