O projeto aprovado no Congresso, barrando os “fichas-sujas” já na próxima eleição, foi, sem dúvida, um marco no nosso letárgico e renitente processo para recompor alguma decência aos hábitos políticos desta nação.
Mas, calejados que somos com a nossa classe política e nossos sistemas de governança (municipal, estadual e federal), totalmente viciados em modelos de gestão distorcidos, temos que analisar esta “conquista” com os dois pés atrás.
Especialmente nós, jornalistas.
Por isso, recomendo a leitura do artigo de Percival Puggina, colunista da excelente Revista Voto. A última edição foi lançada há duas semanas.
No artigo intitulado “Fichas-Limpas num sistema Ficha-Suja”, ele faz uma análise extremamente lúcida e contundente sobre as implicações da nova regra, num ambiente onde tudo, a começar pela cultura reinante, é preparado para favorecer os não tão imaculados.
É uma leitura fundamental, pela precisão e clareza com que Puggina descreve as reais possibilidades de que a decisão do Congresso tenha algum efeito prático no pantanoso e mal cheiroso universo da política e da administração pública.
Abraços, boa leitura e boa reflexão!
Ler isso, sabendo que ele realmente fez parte de um esquema de corrupção chega a ser cômico, se não trágico.
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